Uma pessoa que não pratica o processo de autoconhecimento corre no piloto automático e responde com reações intempestivas. Uma pessoa que não se conhece, julga o mundo ao seu redor desprezando qualquer ponto de vista diferente do seu.
O preconceito pode ser definido como um juízo pré-concebido, que se manifesta em atitudes, pensamentos e ações discriminatórios perante pessoas, crenças, sentimentos e até comportamentos.
É uma ideia formada antecipadamente, através de lentes pelas quais você vê o mundo. Essas lentes são uma série de preconceitos que aprendemos ouvindo comentários de pessoas amadas, da mídia, de amigos e até na escola, que começam a formar determinada realidade.
Quando crianças, não temos a distinção e a compreensão do que é certo e errado, do que é útil ou inútil para construirmos a nossa realidade. Então passamos a interpretar e dar significado as coisas de acordo com essas lentes que são passadas para nós.
Portanto, os preconceitos nada mais são do que reflexos da ignorância humana. São reflexos do que o ser humano desconhece, afinal, o desconhecido costuma nos assustar, incomodar e dar medo. E com esses sentimentos confusos, passamos a rejeitar tudo aquilo que desconhecemos.
Além disso, podemos dizer que o preconceito reflete também o comodismo de aceitar apenas aquilo que é conhecido. Afinal, sempre dá mais trabalho caminhar em direção ao que não sabemos soltando todas as nossas crenças para finalmente enxergar o outro. Muitos ainda preferem se cegar a fazer esse movimento.
Assim sendo, o preconceito traz energias como: rigidez, exigência, ansiedade, insegurança, medo e normalmente é carregado de raiva. Quando você só aceita enxergar o mundo pelas suas lentes, nega qualquer tipo de individualidade, liberdade e diversidade a toda a humanidade.
Como trocar as lentes pelas quais eu vejo o mundo?
Em meio a tantos julgamentos, crenças e preconceitos, pode soar difícil a troca dessas lentes. Porém, a verdade é que o movimento pode ser muito mais simples do que você imagina.
Quando julgamos o outro e carregamos preconceitos em nossas falas e atitudes, estamos mais preocupados em olhar para o externo, do que para nós mesmos.
Então o primeiro passo é trocar suas lentes por lentes escuras. Escuras o suficiente para que você não possa enxergar o externo, sendo convidado a olhar para si mesmo: essa jornada é o que chamamos de autoconhecimento.
O autoconhecimento como ferramenta de desconstrução
Conhecer a si mesmo é uma das habilidades mais importantes para o seu desenvolvimento e crescimento pessoal em todos os pilares da sua vida. Afinal, a maneira como você observa e responde ao externo, é regida inicialmente por processos internos.
Portanto, o autoconhecimento vai exigir o despertar da sua consciência para observar os seus próprios sentimentos, pensamentos e ações a fim de entender o que está por trás dessas emoções e finalmente nomeá-las.
Um dos primeiros passos então desse processo de desconstrução e dissolução dos preconceitos é assumirmos que eles existem dentro de nós. E só conseguimos fazer isso de forma consciente quando estamos atentos a nós mesmos.
A auto-observação vem como um próximo passo importante, afinal, de nada adianta estar consciente e não buscar se transformar a partir dos aprendizados. Portanto, esse próximo passo tem como finalidade te despertar toda vez que sua mente reagir a situações que disparam reações diversas. Dentro dessas reações você pode observar as diferentes polaridades entre amor e raiva, medo e coragem e entre outras.
Diante dessas reações em nível de observação e consciência, você terá maior autonomia para controlar a maneira como essas emoções te afetam. Sem reagir no piloto automático e não respondendo a reações intempestivas.
A empatia como grande aliada
No dicionário empatia é definido como a habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa, sendo capaz de compreender sentimentos, desejos, ideias e ações. Portanto, em resumo podemos dizer que empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro.
No entanto, ser empático exige que primeiro você se abra para olhar o outro do ponto de vista dele. Como se por alguns instantes você renunciasse os seus próprios julgamentos e crenças para enxergar o outro de verdade. Só assim, você poderá olhar de um lugar de amor.
Paciência ao caminhar
Olhar para tudo isso e reconhecer o que existe dentro de você, é um caminho longo e cheio de altos e baixos. A força que te levará a seguir a diante será a força interna. Só aqueles que bancam as suas dores e seus medos, encontram força e coragem para seguir em frente em busca da sua melhor versão.
Se motivar nesse caminho de desconstruir aspectos internos e que já moldaram a sua realidade é estar em constante busca por materiais de estudos e conversas que apesar de desconfortáveis inicialmente, podem te trazer grandes reflexões e saltos de transformação.
Aqui na Itree desenvolvemos uma metodologia chamada Itreelogia que tem como objetivo o trabalho de transformação pessoal através do autoconhecimento, te levando a um entendimento profundo sobre seu corpo e suas emoções.
Te convidamos a se conectar com esse trabalho para que caminhemos juntos por esse processo desconstrução e autoconhecimento com muito amor e compaixão.