No mundo atual, muito se é falado sobre adotar uma alimentação vegetariana ou o veganismo. Diante de muitos debates, o importante é você poder reconhecer se realmente seu corpo necessita dessa mudança ou se não é apenas passageiro por ser algo que atualmente está na “moda”.

Para se entender do que se trata o vegetarismo e o veganismo são dois temas diferentes por exemplo ; o vegetariano não se alimenta de carnes mas pode comer produtos que provêm de origem animal, como leite, queijos e ovos. Já o veganismo não se alimenta de nenhum produto animal, alguns podendo até chegar a não utilizar couros ou nenhum objeto de origem animal. 

Mas para se entender um pouco dessa filosofia de vida vamos voltar atrás buscando as raízes do vegetarianismo/veganismo.

Os primeiros registros do vegetarianismo como conceito e prática entre um número significativo de pessoas são da Índia antiga, especialmente entre os hindus  e os jainistas.  Registros posteriores indicam que pequenos grupos dentro das antigas civilizações gregas no sul da Itália e na Grécia também adotaram alguns hábitos alimentares semelhantes ao vegetarianismo. Em ambos os casos, a dieta estava intimamente ligada à ideia de não violência contra os animais (chamada ahimsa na Índia) e foi promovida por grupos religiosos e filósofos. 

Adotar uma dieta vegetariana ou vegana está muito além de ser apenas um hábito alimentar, além de causar inúmeros benefícios para a sua saúde, está também ligado à ética moral, respeito pela vida e pelo meio ambiente, você passa a não está coerente com a violência e a dor causadas pela morte desses animais.

Os frangos ocupam a primeira posição na linha de abate, somando 1,47 bilhão de mortos para fins alimentícios. O peso acumulado das carcaças foi de 3,45 milhões de toneladas. E você sabia que mais de 15 milhões de frangos são mortos por dia no Brasil?

Normalmente os frangos consumidos no Brasil são mortos com 40 a 45 dias de idade. Ou seja, em um período de no máximo um mês e meio, um frango é condicionado a alcançar o peso de três quilos, o que é considerado ideal para o abate.

Em segundo lugar estão os suínos – 11,67 milhões de porcos foram abatidos no país no mesmo período, com peso das carcaças chegando a 1,05 milhão de toneladas. São dados que chamam a atenção, considerando a capacidade de senciência, consciência e inteligência desses animais.

Já o total de bovinos mortos para consumo no terceiro trimestre chegou a 8,35 milhões, somando 2,16 milhões de toneladas em carcaças. Os bovinos estão sendo enviados cada vez mais jovens para os matadouros no Brasil, segundo o IBGE. Isso tem relação com a demanda voltada à exportação de carne principalmente para países asiáticos como a China que não se interessam pela carne de animais com mais de 30 meses de idade.

De acordo com dados da Animal Pharm, a indústria farmacêutica lucra cinco bilhões de dólares por ano com a produção de antibióticos para animais criados para consumo – como bovinos, suínos, aves, etc.

Os antibióticos são muito utilizados na produção de carne bovina, suína e de frango, e o uso contínuo desses medicamentos na criação de animais pode fazer com que as bactérias se tornem resistentes, assim tornando os antibióticos de uso animal e humano menos eficazes no tratamento de doenças.

“Essa é uma indústria muito sofisticada, com uma longa história de lobby. O problema é que grande parte dos dados usados ​​pelos reguladores é gerada por cientistas ligados às empresas farmacêuticas”, enfatiza o editor da Animal Pharm, Joseph Harvey, acrescentando que o uso excessivo de antibióticos tem despertado particular preocupação na América Latina, Ásia e África Austral.

Vale também mencionar o desmatamento causado pelo gado. Aqui no Brasil, 65% do desflorestamento é causado pela pecuária, num primeiro momento para o aumento de áreas para pastagem e em seguida para o cultivo de grãos que predominam na dieta de bois e vacas, como a soja.

Comparando o consumo de água necessário para produzir vários tipos de alimentos, os bovinos também são extravagantes e nada sustentáveis. Para colocar um quilo de carne na prateleira do açougue ou do supermercado, é necessário gastar 15,4 mil litros de água. 

Isso são apenas dados para ser pensado e avaliados, não é aconselhado parar com o consumo de carnes de um dia para o outro, isso pode levar o seu corpo a um grande choque, o correto é começar a diminuir o consumo para talvez 1 vez por semana, sabendo que ao consumir carnes vermelhas seu corpo leva de 24 até 72 horas para finalizar a digestão. 

Além disso, a alimentação vegetariana é mais limpa e altamente antioxidante, uma vez que os produtos animais, geralmente, contêm hormônios e substâncias inflamatórias. Dessa forma, é provável que você se sinta mais leve e menos inchado. 

Não adianta substituir a carne que você comeria antes por massas, carboidratos ou alimentos muito processados. Dessa forma, além de ir na contramão do que a filosofia preza, a sua saúde também não agradecerá, super importante contar com o auxílio de uma nutricionista ou um mentor de saúde.